Todos estão disfarçados na Meguilat Ester (Rolo de Ester), e com o desenrolar da história, cada um dos personagens será conhecido e entendido...
Começamos hoje com o Rei.
O Rei medo-persa que viveu a mudança de uma condição espiritual profetizada por Daniel, sobre a queda deste Império para a ascensão do Império Grego, era chamado pelos gregos de Xerxes, na TANACH (Bíblia Judaica) de ACHASH´VEROSH e em nosso idioma de Assuero.
Outrora, Nabucodonozor, Rei da Babilônia teve um sonho em que uma estátua, cuja Cabeça de Ouro (simbolizava o império que ele governava); Os braços de Prata, justamente este período que se esgotava nos dias de Assuero, junção de dois reinos: Dos Medos e dos Persas; e a Cintura de Bronze (daquela estátua) apontava para o Império Grego que se levantaria na pessoa de Alexandre, o Grande.
O início do Livro de Ester, relata que o Rei chama todos os seus príncipes que governavam as 127 províncias de seu Império, com o fim de um fato histórico, não narrado nas páginas da Bíblia: A incursão contra o Sul da Grécia, contra a Lacônia, quando o poderoso exército de Assurero, seria desmoralizado pelo general Leônidas e seus valentes.
Assuero, celebra uma grande Festa para arregimentar seu poderoso exército, e no meio disso pede para que sua linda mulher: Vasti, venha desfilar, mostrar sua beleza para seus príncipes e esta ridiculariza o rei, não atendendo a seu pedido.
Deveria ser este um mal sinal para Assuero, de que seu poder não estava lá tão em alta, porque até sua mulher não se submetia a ele.
Assuero, (Xerxes), passa para a história como um rei fraco, que conseguiu afundar seu império, na tentativa de expandí-lo. Como citei, havia uma questão espiritual desconhecida é claro por Assuero, de que o Principado da Pérsia (que sustentava seu poder), estava para ser substituído na luta contra o povo de Deus e os Planos do Altíssimo, pelo Principado da Grécia. Sucessivas vergonhas foram experimentadas por Assuero, até o próximo capítulo, quando ele decide tomar uma mulher para o lugar de Vasti, e então surgiria a figura de Ester.
O filme "300", serviu para estragar a imagem que eu possuía da minha infância, quando meu papai, contava as histórias de Leônidas, lacônico, que com frases do tipo: "se cobrirem o sol com suas flechas, lutaremos na sobra". Mas, o mais bizarro do violento filme é a figura de Xerxes, infelizmente interpretado por um brasileiro, que torna o enredo mais satírico do que foi trágica, aquela investida que só não parou em Leônidas por conta da traição.
Um passo à frente no entanto, a maior de todas as vergonhas: Uma mulher Artemisia (obviamente uma das figuras de Diana dos Efésios, Artemis, Astarote - chamada na Bíblia de Rainha dos Céus, no livro do Profeta Jeremias), toma lugar no esquadrão naval de Xerxes, mas, o avisa para não atacar os gregos! O orgulho de Assuero o impulsiona para aquela catástrofe, quando Atenas consegue vencer aquela famosa batalha naval. Artemisia, fugindo de um Capitão grego, lança seu navio, contra um navio da própria frota, e aconselha depois que Xerxes deixe a Grécia e volte para Ásia, para seu Império, agora ferido de morte.
Bastava o tempo agora, porque toda a cultura grega, sob o poder de Artemisia (não a rainha-comandante, mas, o espírito que agia por trás dela), bem como o poder do Príncipe da Grécia, viriam até a cidade de Babilônia e tudo o que um dia esteve nas mãos de Xerxes um dia seria prostrado aos pés de Alexandre.
Este Assuero, histórico, é distante demais da figura que ocupa na história de Ester, já que por ser um rei, ainda estava em posição de autoridade, dada pelo Único que tem autoridade nos Céus, na Terra e debaixo da Terra.
Assuero, fraco, manipulável como foi por Artemisia na batalha de Salamina, depois no regresso a Susan, sede de seu Império, é manipulado por Haman.
Temos aí o primeiro de nossos personagens que aparecem disfarçados nesta história. Um governador mundial, que sentira o gosto amargo da vergonha e da derrota, ainda mantém a pose, mas, não governa nada, nem ninguém.
Como é rei, será usado, assim como O Nosso Deus diz em sua Palavra: "Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; Ele o inclina para onde quer." (Pro 21:1)
A única coisa louvável em Assuero, nesta história é a Verdade de que Deus, usará quem Ele quiser, para sua Vontade ser realizada. Deus usará a vida deste Rei, que permite a manipulação de Haman, para não ter forças para matar a Ester, no dia em que ela precisará entrar em sua presença, mesmo contra a Lei que ele mesmo outorgara. Ele que permite que Haman legisle e decrete dando àquele perverso seu anel de selar, fará o mesmo, permitindo que num glorioso dia, Ester e Mordecai legislem e decretem com o anel de autoridade deste mesmo rei.
Se pudesse resumir e contemporizar este "capítulo" de Ester eu diria que não importa os nomes dos personagens que estão hoje em cena. O Todo Poderoso, já estabeleceu o fim desde o começo. Assim como o Tribunal do Último dia, em que estaremos presentes, podemos definir hoje apenas de que lado estaremos: Julgando ou sendo julgados.
Nesta história, tão antiga, mas, que está sendo contada hoje, podemos ser enxotados como Vasti, assumir riscos como Ester, nos humilharmos para depois sermos exaltados como Mordecai, porém, uma coisa é certa... O Rei agora, não é um boneco, figura decadente e fraca... Agora o Rei, é Rei de reis e Senhor de senhores, O Único e Verdadeiro.
Aquele que agora reinará, é o mesmo representado pela Rocha não cortada por mãos humanas, que esmiuçou toda a estátua vista no sonho por Nabucodonozor. Este Rei, é Aquele, cujo reinado jamais terá fim...
É deste Rei, que efetivamente queremos conquistar o coração. Toda a preparação, todos os perfumes e unguentos e cuidados necessários para que este Rei, nos tome para Si, serão válidos nesta hora... Porque estar do lado, deste Rei, é ter certeza de que o melhor está por vir, não importando quais sejam as circunstâncias pelas quais teremos que passar...
Te espero nas cenas dos próximos capítulos, nesta empolgante história... Vamos conhecer mais sobre Vasti, e perceber quem realmente está interpretando este papel em nossos dias...
Até lá!
Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem.
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