Agora é uma e meia da manhã, entramos num período de Jejum por nossa nação, e estou em Ribeirão Preto, ministrando um seminário sobre Paternidade Espiritual, na igreja de filhos e amigos muito queridos do meu coração.
Fiquei muito feliz em saber que Nádia Borovik, a linda senhora da foto acima, chegou hoje do Chile, onde esteve na companhia de seus filhos, embora teve de ficar mais dias do que esperava pois não sentiu-se bem ao embarcar e só pode fazê-lo acompanhada de sua nora sob cuidados médicos.
Na noite de hoje falei com ela, como sempre demos risadas, confidenciamos coisas, falamos de Deus... Me despedi como faço com a Tikva (minha filhinha de nove anos), recomendando que dormisse bem e dormisse com Deus.
Procurei algo para assistir e vi o filme A Dama Dourada. A história de uma família de judeus que foi roubada e assassinada na Áustria pelo III REICH, e cuja única sobrevivente Maria Altmann, sobreviveu até os 94 anos, falecendo em 2011, depois de ser restituída por algumas obras de arte, que pertenceram a sua família, roubadas pelos nazistas, dentre elas um quadro chamado Adelle, uma tia sua que foi retratada num quadro que ficou conhecido como a Monalisa da Áustria, obra prima do pintor Klimt.
Meu Deus, que sentimento é esse?
Eu chorei como se eu tivesse sido roubado; como se minha família tivesse sido separada e morta; como se eu fosse o culpado por estes crimes que foram cometidos, dos quais não consigo ver como pode haver restituição para as famílias...
Eu orei e chorei muito, de verdade... De novo perguntei: Deus porque eu? O que eu tenho a ver com tudo isso? Porque eu tenho este amor que me dói o estômago, a cabeça, porque me sinto tão inútil?
Chorei pela injustiça e pedi a Deus: RESTITUI SENHOR! Não sei como, não sei por onde, não sei porque, mas, pensei em tantas pessoas que amo...
Pensei na minha filha Bruna, pensei em seu marido Gali, em seus filhos Ariel e Yonatan...
Pensei no Eran, no Eali, no Gershon, na Sheva, na Dani, e em outros que não me lembro o nome, mas, que lembro o rosto, lembro a alegria de poder tê-los conhecido...
Pensei no Jacques Memran, na sua esposa Dinah. Pensei nos Illan(s), no Chezari e no Shucmann, pensei em suas esposas e filhos...
Pensei na Sheila Bomberg (que não conheço pessoalmente, mas, que admiro tanto!)
Pensei na dona Laurice Savoia; pensei no Rabino Tufik Savoia; pensei no Paulinho Rosenbaum, pensei no Jairo Fridlinn, pensei no Lion Mazin, pensei no Moshe Costa, pensei, na Nádia... pensei e chorei... e orei.... pensei nos milhares e milhares de soldados do exército de Israel; pensei no Ministro Lior ben Dor, que conheci esta semana; pensei e chorei... pensei e orei... pensei e pedi: DEUS GUARDA-OS! LIVRA-OS! RESTITUI-OS; ABENÇOA-OS!
Aparentemente todos estão bem! Mas, meu coração dói! Dói de amor, dói de preocupação, dói de tristeza em saber que há tanto ódio, por quem apenas quer viver, ser feliz, cuidar de suas famílias... Coisas simples que todos gostariam e na verdade querem viver...
Mas, eles são judeus, nasceram como frutos de uma árvore plantada no coração de Deus...
Frutos do Pai Abraão. Abençoados por isso, não obstante, muitos os acharem culpados disso.
Orar pela Paz de Jerusalém, é mais do que ter o desejo mesquinho de prosperar...
Orar pela Paz de Jerusalém é pensar nestas pessoas... em em outras tantas...
Naquele homem que fica entregando fiozinhos vermelhos e pedindo esmolas nas escadas que levam ao Kotel; naquele homem que faz Pizzas perto da Sinagoga de Churvah; naqueles jovens do Beit Chabad que ficam colocando Tefilim nos judeus que nunca o colocaram antes; na Brachah do Temple Institute; naqueles dois Hazans que ficam agitando os jovens no Kabalat Shabat no Kotel, fazendo todos dançarem a Alegria de receber O SHABAT... Tantas outras...
Não sei o que Deus quer de mim! Só sei que os amo! Só sei que quero que a minha mão direita resseque e a minha língua grude no céu da boca, se eu me esquecer de Ti, Oh Jerusalém, CIDADE INDIVISÍVEL, para te desejar o bem por todos os dias da minha vida, por você povo judeu, para que sejam UM como O Nosso Deus é UM, e que na grande mistura de cores, e tradições, e línguas e histórias que se acumularam nestes milênios, possamos eu, minha esposa e meus filhos acharmos abrigo e de alguma forma servir ao AM ISRAEL, e de alguma maneira possamos ser contados entre os "Justos entre as nações" não por nossos méritos, pois não os possuímos, mas, pelo AMOR QUE DEUS TEM PELO SEU POVO E QUE DE ALGUMA MANEIRA, ELE ME FAZ SENTIR.
EU NUNCA VI, JAMAIS OUVI, NUNCA JAMAIS CONHECI AMOR COMO ESSE!!!
Eu amo Israel, amo Jerusalém, mas, aquelas pedras ainda conhecerão muitos abalos até que O NOSSO MASCHIACH GLORIOSO REINE ALI...
Mas, por quem dispara o meu coração... Por quem continua gemendo a minha alma: Pelos judeus!
Queria cantar a cada um de vocês como faço aos meus filhos Tikva e Boaz, quando os coloco na cama:
HINEH LO YANUM VELO YSHAM
HINEH LO YANUM VELO YSHAM
HINEH LO YANUM VELO YSHAM
SHOMER YISRAEL!
Paulo de Tarso.
Que texto mais lindo e inspirador! Vai muito além de se identificar com Israel(porque isso não é para todos)como a mesma terra, ainda que não se tenha nascido, mas de amar ao próximo num sentimento realmente adotivo, de um abraço. Abençoados serão os que te abençoarem Israel! Só quem já foi confundido com judeus sabe a alegria que é rsrsrs.
ResponderExcluirA cada dia aprendendo a amar e respeitar esse através de sua vida. Eu nunca tive a dimensão do povo judeu, de sua importância dentre os povos. Hoje compreendo um pouco e sei que tem muito mais a aprender. Grato a Deus por neste ano ir a Israel, pisar em Jerusalém e assim ver de perto tudo isso. Glória a Deus.
ResponderExcluirAmém...realmente muito inspirador. Só Deus poderia despertar um sentimento tão lindo.
ResponderExcluirUauuu Apóstolo Paulo de Tarso que este amor esta missão que o Eterno colocou em seu coração alcancem muitos judeus. Abs,
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