quarta-feira, 14 de março de 2012

Ester - É a hora de brilhar!


Escrevi este artigo em Fevereiro de 2012, no mesmo dia do calendário judaico em que se comemora o dia da Árvore (é o 15 dia do 11º mês, chamado de Shevat, portanto a expressão mais conhecida para esta data é TU B´SHEVAT. Em Israel está muito frio ainda, estão ainda no inverno, porém é neste período em que a esperança se renova, não pelo que se vê, mas, pelo que se crê.
Eles com fé completa sabem que o inverno vai acabar e a primavera chegará com o sol, seu calor, e com os aromas e cores, o tempo de cantar está chegando, mas, já cremos nele hoje, como se já o vivêssemos.
Eu dei à minha primeira filha natural, o nome de Tikva (Esperança em hebraico), porque sou uma destas pessoas que crê, com todas as forças e com todo o coração, no Único Deus que existe, O Criador dos Céus e da Terra.

Eu quero plantar uma árvore hoje. Esta árvore é de esperança, mas, também de despertar de valentes que estão hibernando, num dos momentos mais difíceis de todos os tempos. 

Quero usar a figura da Rainha Ester, e de Mordecai, e de alguns dos fatos e personagens que marcaram esta história tão conhecida, mas, ao mesmo tempo ainda tão pouco explorada, pela Igreja (aquela que foi escolhida para casar-se com o Rei, no lugar de uma outra que era rainha, que não honrava a posição que lhe fora dada).

Quero convidar-lhes para no meio deste inverno tão rigoroso, lá no hemisfério norte (na Europa principalmente), mas, também neste inverno com tantos escândalos que a Igreja de Cristo vem sofrendo, com tantas ameaças dos Haman´s da nossa época (Khomenei e Ahmadinejad), e de uma pequena pontada, como alguém que será atacado por uma aguda dor de cálculos renais, mas, que sente um desconforto que não tem certeza bem de onde vem, mas, que se intensificará até quase ser insuportável...

Creio que assim como outrora muitos seguiam novelas, seriados, histórias em quadrinhos, muitos vão se motivar a seguirem alguns artigos que passarei a escrever sobre este assunto, e terão total liberdade de compartilharem com quem acharem necessário, da maneira que acharem conveniente, porque creio que uma árvore, é plantada por uma pessoa, mas, dará frutos para muitos.

Daqui a exatamente um mês, teremos a celebração do PURIM, prepare-se para a Guerra, e você certamente estará pronto para a Festa.




Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem

A HISTÓRIA DA HISTÓRIA



Então veio Amaleque, e pelejou contra e Israel em Refidim. Pelo que disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; e amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, tendo na mão a vara de Deus. Fez, pois, Josué como Moisés lhe dissera, e pelejou contra Amaleque; e Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro. E acontecia que quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. As mãos de Moisés, porém, ficaram cansadas; por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, e ele sentou-se nela; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até o pôr do sol. Assim Josué prostrou a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada. Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memorial num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu. Pelo que Moisés edificou um altar, ao qual chamou ADONAI-NISSI (O ETERNO É A MINHA BANDEIRA). E disse: Porquanto jurou o Eterno que Ele fará guerra contra Amaleque de geração em geração. (Exo 17:8-16)

Tudo começa bem mais lá pra trás...


Estes nomes todos parecem não ter sentido, mas, quando identificarmos suas origens vocês verão cores e razões na história da Rainha Ester e nos acontecimentos de hoje no Irã, que os farão grudar em frente ao seu computador para saber o próximo episódio desta saga que começamos...

Bem! Lá atrás, um dos filhos do Isaque, filho de Abraão, tomou duas mulheres que não eram do povo de Deus, e gerou filhos com elas. Este filho de Isaque, Esaú, foi aquele que vendeu a primogenitura a Jacó, e que ficou muito bravo quando soube que seu irmão havia recebido toda a bênção de seu pai, e que sobrara para ele só deserto e poeira... Pois bem... Este povo chamado Amalequita, é descendente de Amaleque, neto de Esaú... a história começou quente!

Logo depois que foram arrancados do Egito, pela Poderosa Mão de Deus, o povo de Israel peregrinou pelo deserto, e subitamente foi atacado por este povo, que agiu covardemente. 
A tribo de Judá sempre ia à frente na procissão pelo deserto, seguindo a Nuvem da Glória de Deus, e os Amalequitas traiçoeiramente esperaram os soldados passarem, e no fim daquela enorme marcha de centenas de milhares de pessoas, atacaram pelos flancos, onde estavam as mulheres grávidas, os anciãos e as crianças. Foi derramado sangue inocente e de maneira covarde.

Moisés sobe (como narrado no texto acima) no lugar mais alto de um monte e  dá ordens a Josué que combata contra os Amalequitas. (Este trabalho em equipe, uns que olham, intercedem, orientam e outros que pegam na espada e enfrentam o inimigo face a face, sempre ocorreu e é o alvo que Deus quer nos despertar para este momento).
Depois da vitória, Deus mandou Moisés escrever as crônicas daquela batalha, e mandou também avisar a Josué, que faria guerra contra Amaleque de geração em geração.

Talvez os amalequitas, já tenham sido extirpados da face da terra, mas, não o espírito que agia naquele povo, e que os conduzia de forma covarde e sorrateira. Nos dias de Ester, nos nossos dias, e em cada geração, o povo de Deus travou guerras contra líderes e povos, que igualmente foram influenciados por esta ação, que hoje precisamos entender e combater. Esta é a nossa hora!

O 1º REI DE ISRAEL E OS AMALEQUITAS

Quando o povo de Israel pediu um rei, Deus lhe deu o rei que queriam, um homem bonito, forte, e que teve como primeira missão, destruir de uma vez por todos os amalequitas. 

LEMBRANÇA DE INFÂNCIA: Quando criança, fui levado por meus pais a conhecer o Salmo 91, que fala da Proteção de Deus sobre nós, e sempre me constrangia quando lia sobre esmagar leõezinhos... "Pisarás o leão e a áspide; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.(Slm. 91:13). Uma vez fui ao Simba Safari, e tirei uma fotografia abraçando um leãozinho, e achei que ele era um lindo gatão, nada mais... Mas, O Nosso Deus e os nossos pais sabem que os leõezinhos crescem, e se não dermos cabo deles enquanto podemos, um dia eles nos comerão...

Este rei, chamado Saul, no entanto, não honrou a Deus, teve a chance, mas, desperdiçou-a. Ele trouxe vivo o rei dos Amalequitas, como um troféu de batalha, seu nome era Aguague, e trouxe o melhor dos bois e das ovelhas, tendo matado as crianças e as mulheres do povo. 
Através do profeta Samuel, uma das frases mais conhecidas da Bíblia é proferida para sentenciar a Saul: "Você acha que Deus está mais interessado em ofertas e sacrifícios, do que lhe obedeçam a Sua Palavra?".
Naquele dia, Saul perdeu a condição de ter o seu reinado confirmado por Deus sobre todo Israel, e Deus através de Samuel, foi levantar alguém melhor que Saul.


O Eterno é Deus de obra completa!

Séculos depois, Israel havia sido dividido em dois reinos (O do norte Israel e o do Sul Judá); O Reino do Norte foi disperso através do Império Assírio; Jerusalém havia sido destruída e o povo do Judá levado cativo para a Babilônia, onde permaneceram 70 anos; Conforme a profecia de Jeremias o povo depois deste período voltou e reedificou Jerusalém, O Templo de Deus e os Muros da cidade, e sob o Império Medo-Persa, na figura de um rei conhecido na história como Xerxes I (Assuero nas páginas da Bíblia, ou Achash Verosh em hebraico), os judeus vivem dias de aparente paz, e estão espalhados pelas cidades de todo império. 


Na capital do Império, Susan, no entanto, há duas pessoas cujos antepassados se conheceram: Um homem chamado Haman descendente de Aguague, rei dos Amalequitas, que Saul deveria ter matado; e... Mordecai, descendente de Saul...


É..., as atitudes que tomamos hoje, boas ou ruins, certamente deixarão reflexos para os nossos descendentes, de perto ou de longe. Agora a posição se inverteu, e o descendente de Agague trama a extinção de todos os judeus do mundo, e consegue um decreto irrevogável acerca deste propósito...


Como Deus agirá em favor do seu povo, usando justamente a vida do descendentes da pessoa responsável por aquele momento tão terrível?


Muitas coisas extraordinárias estão para desenrolar-se diante de nossos olhos, nestes próximos tempos... 


De olho na Bíblia Sagrada e de olho nos jornais... Talvez nós, filhos dos profetas, sejamos os responsáveis em nossa geração para que de uma vez por todas, sejam extirparmos da face da terra todo mal. Contamos não com nossa sagacidade para isso, ou com poder bélico, mas, com O braço forte do Deus Vivo, mas, é importante sabermos que o mal vai tentar fazer isso conosco primeiro... 


Já já tem mais!!!


Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem.



QUEM É QUEM? Assuero




Todos estão disfarçados na Meguilat Ester (Rolo de Ester), e com o desenrolar da história, cada um dos personagens será conhecido e entendido...





Começamos hoje com o Rei. 

O Rei medo-persa que viveu a mudança de uma condição espiritual profetizada por Daniel, sobre a queda deste Império para a ascensão do Império Grego, era chamado pelos gregos de Xerxes, na TANACH (Bíblia Judaica) de ACHASH´VEROSH e em nosso idioma de Assuero. 

Outrora, Nabucodonozor, Rei da Babilônia teve um sonho em que uma estátua, cuja Cabeça de Ouro (simbolizava o império que ele governava); Os braços de Prata, justamente este período que se esgotava nos dias de Assuero, junção de dois reinos: Dos Medos e dos Persas; e a Cintura de Bronze (daquela estátua) apontava para o Império Grego que se levantaria na pessoa de Alexandre, o Grande. 

Ainda disse ele: Sabes por que eu vim a ti? Agora tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia. (Dan 10:20)

O início do Livro de Ester, relata que o Rei chama todos os seus príncipes que governavam as 127 províncias de seu Império, com o fim de um fato histórico, não narrado nas páginas da Bíblia: A incursão contra o Sul da Grécia, contra a Lacônia, quando o poderoso exército de Assurero, seria desmoralizado pelo general Leônidas e seus valentes.
Assuero, celebra uma grande Festa para arregimentar seu poderoso exército, e no meio disso pede para que sua linda mulher: Vasti, venha desfilar, mostrar sua beleza para seus príncipes e esta ridiculariza o rei, não atendendo a seu pedido.
Deveria ser este um mal sinal para Assuero, de que seu poder não estava lá tão em alta, porque até sua mulher não se submetia a ele. 
Assuero, (Xerxes), passa para a história como um rei fraco, que conseguiu afundar seu império, na tentativa de expandí-lo. Como citei, havia uma questão espiritual desconhecida é claro por Assuero, de que o Principado da Pérsia (que sustentava seu poder), estava para ser substituído na luta contra o povo de Deus e os Planos do Altíssimo, pelo Principado da Grécia. Sucessivas vergonhas foram experimentadas por Assuero, até o próximo capítulo, quando ele decide tomar uma mulher para o lugar de Vasti, e então surgiria a figura de Ester.

O filme "300", serviu para estragar a imagem que eu possuía da minha infância, quando meu papai, contava as histórias de Leônidas, lacônico, que com frases do tipo: "se cobrirem o sol com suas flechas, lutaremos na sobra". Mas, o mais bizarro do violento filme é a figura de Xerxes, infelizmente interpretado por um brasileiro, que torna o enredo mais satírico do que foi trágica, aquela investida que só não parou em Leônidas por conta da traição.

Um passo à frente no entanto, a maior de todas as vergonhas: Uma mulher Artemisia (obviamente uma das figuras de Diana dos Efésios, Artemis, Astarote - chamada na Bíblia de Rainha dos Céus, no livro do Profeta Jeremias), toma lugar no esquadrão naval de Xerxes, mas, o avisa para não atacar os gregos! O orgulho de Assuero o impulsiona para aquela catástrofe, quando Atenas consegue vencer aquela famosa batalha naval. Artemisia, fugindo de um Capitão grego, lança seu navio, contra um navio da própria frota, e aconselha depois que Xerxes deixe a Grécia e volte para Ásia, para seu Império, agora ferido de morte.
Bastava o tempo agora, porque toda a cultura grega, sob o poder de Artemisia (não a rainha-comandante, mas, o espírito que agia por trás dela), bem como o poder do Príncipe da Grécia, viriam até a cidade de Babilônia e tudo o que um dia esteve nas mãos de Xerxes um dia seria prostrado aos pés de Alexandre.

Este Assuero, histórico, é distante demais da figura que ocupa na história de Ester, já que por ser um rei, ainda estava em posição de autoridade, dada pelo Único que tem autoridade nos Céus, na Terra e debaixo da Terra. 
Assuero, fraco, manipulável como foi por Artemisia na batalha de Salamina, depois no regresso a Susan, sede de seu Império, é manipulado por Haman.

Temos aí o primeiro de nossos personagens que aparecem disfarçados nesta história. Um governador mundial, que sentira o gosto amargo da vergonha e da derrota, ainda mantém a pose, mas, não governa nada, nem ninguém. 
Como é rei, será usado, assim como O Nosso Deus diz em sua Palavra: "Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; Ele o inclina para onde quer." (Pro 21:1)

A única coisa louvável em Assuero, nesta história é a Verdade de que Deus, usará quem Ele quiser, para sua Vontade ser realizada. Deus usará a vida deste Rei, que permite a manipulação de Haman, para não ter forças para matar a Ester, no dia em que ela precisará entrar em sua presença, mesmo contra a Lei que ele mesmo outorgara. Ele que permite que Haman legisle e decrete dando àquele perverso seu anel de selar, fará o mesmo, permitindo que num glorioso dia, Ester e Mordecai legislem e decretem com o anel de autoridade deste mesmo rei.

Se pudesse resumir e contemporizar este "capítulo" de Ester eu diria que não importa os nomes dos personagens que estão hoje em cena. O Todo Poderoso, já estabeleceu o fim desde o começo. Assim como o Tribunal do Último dia, em que estaremos presentes, podemos definir hoje apenas de que lado estaremos: Julgando ou sendo julgados.
Nesta história, tão antiga, mas, que está sendo contada hoje, podemos ser enxotados como Vasti, assumir riscos como Ester, nos humilharmos para depois sermos exaltados como Mordecai, porém, uma coisa é certa... O Rei agora, não é um boneco, figura decadente e fraca... Agora o Rei, é Rei de reis e Senhor de senhores, O Único e Verdadeiro. 

Aquele que agora reinará, é o mesmo representado pela Rocha não cortada por mãos humanas, que esmiuçou toda a estátua vista no sonho por Nabucodonozor. Este Rei, é Aquele, cujo reinado jamais terá fim...

É deste Rei, que efetivamente queremos conquistar o coração. Toda a preparação, todos os perfumes e unguentos e cuidados necessários para que este Rei, nos tome para Si, serão válidos nesta hora... Porque estar do lado, deste Rei, é ter certeza de que o melhor está por vir, não importando quais sejam as circunstâncias pelas quais teremos que passar...

Te espero nas cenas dos próximos capítulos, nesta empolgante história... Vamos conhecer mais sobre Vasti, e perceber quem realmente está interpretando este papel em nossos dias...

Até lá!


Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem.

QUEM É QUEM? Vasti


Vasti (Vashti - hebraico), nome que significa "beleza", filha de Beltsassar, bisneta de Nabucodonozor, rei da Babilônia que cercou Jerusalém por 3 anos e depois levou os tesouros do Templo e os príncipes de Israel para sua Terra, dando-lhes a oportunidade de lhe servirem, se estes esquecessem seu Deus, sua língua e sua cultura e ainda que comessem de sua mesa.
Foi seu pai, Beltsassar que no meio de um banquete, mandou buscar os utensílios do Templo de Deus, para serem usados naquela festa em que as prostitutas cultuais se entregavam aos bêbados da coorte do último rei da Babilônia, quando foi inscrito nas paredes a frase: MENE MENE TEQUEL U´PARSIM.
Não é de se admirar que no dia em que Vasti é chamada na Presença do Rei, numa festa semelhante, agora na capital do Império Medo Persa, os mesmos utensílios da Casa de Deus, que foram usurpados por seus antepassados e usados por seu pai, para orgias e bebedices, agora seriam  testemunhas de sua vergonha e destruição. 
Assim como Assuero, Vasti é uma personagem que ganha cores na narrativa bíblica \(não por seu caráter ou submissão a Deus),  simplesmente pela função que ocupa e pela postura que manifesta nesta história, que é uma parábola, uma profecia, um sinal das coisas que ainda estão por vir neste mundo, com a Igreja de Jesus Cristo e com o povo judeu. Vendo a postura de Vasti para com o Rei, e lendo o que Jesus escreve a uma das sete igrejas no Livro de Apocalipse, parece que estamos diante da Condenação de Vasti, A Rainha que esqueceu que só possuía a coroa sobre a cabeça, porque havia se casado com o rei. Um erro fatal! 


Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; (Rev 3:15-17)


Desde que a Igreja de Cristo nasceu em Jerusalém, exclusivamente composta por judeus, a Igreja vem sendo ensinada a depender de Deus e viver somente para Ele. Em muitas épocas a Igreja passou por momentos de reavivamento e outros de apostasia. A Igreja, porém, nunca jamais deixou de ser amada e nem deixou de possuir os santos que chamados ao arrependimento ainda que desconhecidos pela maioria e da própria história, choraram e clamaram: Deus não entrega a Tua Herança ao opróbrio! O Nosso Deus, Grande em Misericórdia, tem se apiedado de seu povo e nos chama de volta hoje para Ele, sempre fez isso e faz isso hoje, em nossa geração.

Uma rainha só tem coroa sobre sua cabeça, porque casou-se com o rei. Vasti, esqueceu-se disto. Talvez, acostumou-se ao palácio, aos bons tratos, às luzes, aos perfumes, ao conforto, às companhias que esqueceu-se do rei. Uma rainha deve viver para honrar o rei. 
Sei que isso parece tão machista, renegando a mulher para uma posição de coadjuvante, porém, temos que lembrar que a esposa é a glória de seu marido, quem estabeleceu isso foi Deus, porque os casamentos refletem a união de Cristo com sua Noiva. O Rei e sua Rainha, eleitos de todos os povos e raças e tribos e línguas e nações, reunidos ao povo que Deus constituiu para Ele (o povo judeu), temos a Noiva do Cordeiro. Noiva que será Rainha, Rainha que existirá para a Glória do Rei. Rainha que foi escolhida, purificada, santificada, e glorificada, para O Rei... Esquecer disto, é desprezar tudo!

Hoje vemos na Igreja de Cristo, tanto de paganismo com as Festas do Noel, do Coelho, das bruxas, do carnaval, dos arraiás gospel, tantos encontros sociais, quanto reuniões humanistas, congressos tantos, conferências tantas, e a Rainha é chamada para encontrar-se com O Rei, no Sétimo dia e a resposta é: Diga que não irei! Estou ocupada com meus convidados no meu próprio banquete!

A Igreja de Cristo, tem celebrado banquetes para os seus próprios convidados,  tem feito festas com tudo do mais bonito e luxuoso,  (porque é uma Rainha, é claro), vive num palácio, mas, infelizmente esqueceu-se que está no Palácio para uma função e por uma razão. Ela a Igreja não é o fim. É o meio! Ela existe para... Ela tem autoridade e coroa para... 

Desde alguns anos pra cá, a Igreja de Cristo, novamente tem sido despertada para a Celebração das Festas do Cordeiro. Inicialmente (e timidamente), começou-se a Celebrar a Festa dos Tabernáculos, talvez à época sem qualquer entendimento mais profundo, mas, com a revelação (que é progressiva), que esta é a Festa do tempo em que O Messias Glorioso, reinará sobre todas as nações da Terra. Com o passar dos anos, não só as Festas Grandes (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos), começaram a ser celebradas, mas, até as Festas menores, como Purim e Chanuká... Mas, o grande e maior desafio, é a Igreja (chamada para ser Rainha), no SÉTIMO DIA, NO SHABAT, vir e apresentar-se ao Rei. Não falo, como alguém que tem pleno entendimento do que fazer, mas, alguém que sabe que não é para estarmos presos em regras e ritos, e tão pouco devemos continuar desprezando o 4º Mandamento (Guardar e Santificar O SHABAT).

Enquanto o Rei quer ver a beleza de sua Amada, de sua Noiva, chamada para Reinar, estamos ainda realizando os banquetes para nosso deleite e prazer e dizendo ao Rei: Avise que eu não irei! Não mostrarei minha beleza! Em outras palavras: Eu não estou interessada em ser a Glória do Rei.

Assuero, pobre figura fraca e manipulável, (como já citamos em nosso último capítulo), é desprezado por sua Rainha, e busca conselhos, no lugar de ter uma opinião e uma postura formada. Cito novamente que as posições ocupadas por Vasti e seu marido, são importantes para a Revelação de Deus para nós, muito mais do que suas vidas e caráter, pudessem nos dizer alguma coisa. 
Porém, o Rei dos reis, Senhor dos senhores, está para manifestar-se, e como citamos acima, Ele escreve para a Igreja que se comporta como Vasti e diz: Vocês se têm conformado com a vossa prosperidade, influência na sociedade e política, vocês tem conquistado os "montes", que serão aplainados, enquanto os vales  desprezados serão levantados. Têm-se divertido com o que é abominação pra mim, e têm rejeitado meu convite para O Meu Descanso. Até quando?

Uma outra Rainha melhor do que Vasti, está para ser levantada. Na verdade Ela já existe. Está escondida, vestida de roupas simples, comuns, instruída por Mordecai (Figura dos 5 Ministérios do Cordeiro). Está sendo disciplinada para que viva exclusivamente por Deus, para Deus e para a Glória de Deus. Ela é contemporânea da Rainha que vai ser rejeitada. Ela não quer o lugar da outra, o foco não são os defeitos dos outros, o foco é O Rei, é estar com Ele. O Amor surgiu por contemplar sua Bondade. Ele é totalmente desejável! Ela olha para Ele e diz:

Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; com grande gozo sentei-me à sua sombra; e o seu fruto era doce ao meu paladar. Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor. Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor. A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace. (Can. 2:3-6)






Até o próximo capítulo...
Agora o negócio vai ficar bom...rsss




Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem