E você Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro, para manter uma lâmpada acesa continuamente. (Exo 27:20)
Deus parece ordenar que a Menorah esteja sempre acesa para ser a Testemunha ou para dar evidência, (trazer luz) ao Sacerdócio no seu ofício de Adorar a Deus nos Altares de Bronze e de Ouro.
Há um lindo Salmo composto por Asafe, que fala deste encontro: O Encontro do Sacerdote com os ALTARES do Nosso Deus:
"Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!" (Salmo 84: 1 a 3)
Uma pergunta comum a qualquer um que investe o seu tempo, buscando a Deus nas palavras desta Parashah ("Porção" da Torah), é: - "O que foi que Moisés viu nos Céus, que O Eterno mostrou a ele, que o leva a ordenar que os filhos de Israel construam o Mishkan (o Santuário), naquelas dimensões, com aquelas cores, com os móveis em tais e tais características, se utilizando de tais e tais materiais?"
A resposta simples é que Deus lhe mostrou O MASHIACH!
Naquele Santuário, naquelas vestes gloriosas, naqueles móveis, naquelas cores, em tudo há uma revelação do Mashiach e do seu ministério e propósito.
Quando nos aprofundamos nas Escrituras, percebemos que não apenas Moisés contemplou este "Modelo", mas, outros que O viram, também O descrevem da mesma forma, a exemplo: as descrições de Daniel (capítulo 10) e João em Apocalipse.
Daniel diz que quem lhe falou tinha olhos como labaredas de fogo, o rosto como um relâmpago, sua voz como de uma multidão... Este não é o Arcanjo Gabriel que ele nomeia no Capítulo 11. Este nos parece ser o mesmo que Moisés viu, e do que Ele viu, ordenou que fosse feito a Coroa que estava na testa, acima dos olhos do Sumo Sacerdote.
Sabemos quem exatamente é este, pois o Apóstolo João o descreve da mesma forma e o reconhece pelo nome.
João o descreve falando de seus cabelos, brancos como a alva lã, brancos como a neve; possuindo uma voz como de muitas águas, como o ruído embaixo de uma potente cachoeira; fala que Ele se vestia com uma túnica e na altura de seu peito havia como que uma cinta de ouro; seus pés (Ele estava descalço), eram bronzeados, como o bronze que é purificado numa Fornalha... A MESMA PESSOA VISTA POR DANIEL! Porém, João reconhece que este é YESHUA, sobre quem ele se recostou em seu peito, na noite em que o Mestre foi traído.
O Apóstolo Paulo, fariseu de fariseus, judeu de judeus, talmid (aluno) de Gamaliel, um dos mais proeminentes rabinos de seus dias, tem uma experiência que marca sua vida, quando depois de ser apedrejado numa de suas viagens, foi levado até O Terceiro Céu, a Morada do Eterno e lá viu coisas que disse serem INEFÁVEIS (não é possível descrevê-las com qualquer lingua deste mundo), mas, certemente viu Aquele com quem se encontrou quando ia para Damasco, e O viu glorificado.
A certeza deste encontro é que Paulo viu o mesmo que João, Daniel e Moisés viram. Em suas cartas, o Apóstolo dos não judeus, insistentemente os chama a tomar as VESTES DO MASHIACH (de Cristo); AS ARMAS DA LUZ, e os adverte que as Armas da nossa Guerra, NÃO SÃO CARNAIS, mas, PODEROSAS EM DEUS.
Num dos textos mais conhecidos da Brit Chadashah (A Nova Aliança, Novo Testamento), Paulo, fala sobre a Armadura de Deus.
Muitos afirmam, que a figura que Paulo usava para descrever as ARMAS DE DEUS, são comparáveis as de um soldado romano, figura comum para Paulo que ficou preso em Roma até sua morte e que o teria motivado a escrever sobre O Mashiach usando este tipo de comparação.
Sempre achei estranho um Rabino da capacidade e conhecimento de Paulo, quando nos incita a tomar as Armas da Luz e a Armadura de Deus, nos levasse em comparativos com uma figura tão pobre! Um soldado Romano que fazia parte de uma das "Legiões", será que este é o tipo de coisa que Deus quer sobre nós o seu povo?
O Autor de Hebreus fala do SUMO SACERDOTE DA NOSSA FÉ (Hb. 3:1), YESHUA HAMASHIACH, Ele é o nosso exemplo, Ele é o Nosso Modelo, Ele é o Nosso Alvo, a nossa Esperança, a nossa Vida... Ele é o Sumo Sacerdote.
São então as VESTES SUMO-SACERDOTAIS DO MASHIACH que queremos sobre nós e então podemos entender que a ordem de Deus para Moisés contemplava que eles se vestissem, tomassem sobre si as Vestes do Cordeiro, apontando o Sacerdócio de todos os santos que hoje está sobre nós.
As vestes do Cohen Gadol
Os calções de Linho fino retorcido. Peças de roupas íntimas, que ninguém vê, mas, estão lá, falavam da pureza íntima, imprescindível para quem serve a Deus, para os que são chamados ao ministério, o fato desta expressão "retorcido", mostra a necessidade de uma força, um empenho pela pureza, pela santidade, na nossa INTIMIDADADE, onde ninguém mais vê, ou nos conhece, apenas Aquele que nos chamou para sermos seus Sacerdotes nesta geração.
As roupas talares. Uma Túnica, de onde ficavam de fora apenas as mãos, os pés e a cabeça, roupa também feita de Linho, que fala da Santidade que envolve toda a nossa vida, e as únicas partes que estão de fora, são justamente aquelas que apontam para o Desejo de Deus, de estabelecermos O Seu Reino nesta Terra. As mãos, que falam das nossas atitudes; os pés que exteriorizam o Domínio sobre todas as coisas e a nossa cabeça, ou rosto, onde estão (juntamente com as mãos), os 5 Sentidos que são as Portas para a nossa Alma, e também exteriorizam a nossa Vontade e o Nosso ser interior.
Sobre esta Túnica Branca, Um Manto Azul da cor do Céu, com entradas para os braços, e cabeça, e absolutamente cercado em sua orla de campainhas feitas de ouro e romãs feitas de pano.
Quando o Homem, feito à Imagem e Semelhança de Deus, foi expulso do Éden, pelo pecado, perdeu a Vida Espiritual, e passou a estar morto por seus pecados e delitos. Na entrada do Gan Eden, um Kerubim e uma Espada Flamejante, impediram o acesso, por conta do pecado.
Quando O Eterno manda que Moshe instrua a todos sobre O Mishkan, Ele ordena que sejam bordadas imagens de Kerubins na Última Porta, no que chamamos de Véu que separava O Lugar Santo da Santidade das Santidades.
O Acesso fechado pelo pecado, estava novamente aberto para que O Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), vestido com as Vestes do MASHIACH, se achegasse, servisse O Eterno ali, com adoração, entrega e santidade.
Esta Vida Espiritual que o homem perdeu por causa do pecado, nos foi dada novamente através de Yeshua que nos enviou O Seu Espírito Santo, e hoje, temos sobre nós O Espírito Santo (RUACH HAKODESH) e com ele o Fruto do Espírito (as características do Mashiach que passam a ser geradas em nós), e também os Dons do Espírito, o Poder do Altíssimo, manifestando O Mashiach em seu Corpo, a Igreja.
Aquelas campainhas de ouro, que certamente geravam um som ruidoso, quando o Sumo Sacerdote se movia na Presença do Eterno, lembra inquestionavelmente O Poder do Espírito quando está em atividade em nossos dias. Creio que todos já viram uma pessoa Cheia da Presença de Deus, orando em línguas espirituais, e profetizando, ou sendo usada para curas, ou trazendo uma palavra de conhecimento a alguém, ou interpretando linguas? É impossível passar desapercebido, quando O Espírito está se movendo... Porém, este Poder e Ruído todo, não nos garantem santidade, e o que vai nos santificar a cada dia é permitirmos que seja gerado em nossas vidas, O Caráter do Mashiach.
Pois aquelas româs, que por serem feitas de pano, não faziam ruído algum, quando se chocavam com as campainhas ou umas as outras, assim como o amor, a bondade, a benignidade, o domínio próprio, não são coisas perceptíveis logo de cara, mas, são fundamentais, para os que vão manifestar O Deus Vivo nesta geração, de verdade.
Quando O Cohen Gadol, tomava sobre si aquelas vestes, as Vestes da Luz, as Vestes Sagradas, apontava para este tempo em que eu e você recebemos Deus em nossos corações e vidas, e recebemos então sobre nós esta Vida Espiritual que o homem perdeu no Éden, mas, foi reconquistada na Cruz.
Sobre este Manto, uma Estola, como que um avental, feito com os mesmos elementos do Mishkan, todos apontando para os quatro Evangelhos, a Manifestação do Mashiach: O Carmezin, que representa o Evangelho de Marcos, pois mostra Jesus como o servo curando e libertando o ser humano do poder das trevas; O Púrpura, representando o Evangelho de Mateus que revela Jesus como o Rei dos Judeus, cumprindo todas as profecias; O Linho, Evangelho de Lucas, que mostra Jesus como homem, embora santo, nunca tendo pecado em nenhum dia de sua vida e enfim: o Estofo Azul, Evangelho de João, que fala dos Céus, do Espírito Santo e nos revela YESHUA como Deus.
Estas quatro cores alinhadas e entrelaçadas com o Fio de Ouro, HAKAVOD (A Glória de Deus) que envolvia toda a Roupa do Sumo Sacerdote.
Na altura do seu peito, feito do mesmo tecido da Estola Sacerdotal, um retângulo dobrado no meio. Esta peça chamada de "Peitoral do Juízo", possuía 12 pedras preciosas, representando as 12 Tribos de Israel, que o Sumo Sacerdote levava sobre o peito, como que protegendo o seu próprio coração. Curiosamente, ligada a esta peça, havia sobre os ombros duas pedras de ônix, que tinham incrustadas também os nomes das doze tribos de Israel.
Aparentemente o Sumo Sacerdote não poderia servir a Deus, sem levar sobre o peito e sobre os ombros os nomes de seus irmãos. Nos parece que isso fala da Intercessão! Não podemos servir a Deus, sem nos lembrar que fazemos parte de algo muito maior. E o que nos protege (fazer parte do Povo de Deus), deve ser valorizado e alvo de nosso amor, intercessão diante do Eterno para sempre!
Impossível não pensar nestas coisas e não imaginar um Pastor, que levava quando em vez uma de suas ovelhas sobre os ombros, porque as amava, e jamais as deixaria para trás... O Sumo Sacerdote da nossa Confissão, também é o Nosso Bom Pastor, Aquele que deu a Sua Vida por cada um de suas ovelhas.
Nas duas aberturas que haviam neste no Peitoral do Juízo, eram guardado o Urim e o Tumim (Luzes e Perfeições), artefatos usados para Consultar a Deus.
Hoje buscamos a Deus através do Espírito Santo, que nos traz Revelação e Direção, para que possamos andar e agir, pondo em prática a Vontade de Deus em nossas vidas.
Paulo conhecendo estas coisas, e para que possamos caminhar na Luz da Revelação de Deus e então caminharmos em Perfeição, Paulo nos escreve sobre estas coisas que eram sombras, nos mostrando agora a realidade que nos está proposta:
Por fim, sobre a Cabeça do Cohen Gadol, uma Mitra, um Turbante feito de Linho, INQUESTIONAVELMENTE, lembrando os Cabelos brancos, como a alva lã, como a neve, descritos por João, e uma Coroa, onde a JÓIA DA COROA, é O NOME DO PRÓPRIO DEUS, e a Palavra KODESH.
KODESH LADONAI - SANTO AO SENHOR, SANTIFICADO, SEPARADO, CONSAGRADO AO ETERNO...
Esta Coroa, feita de Ouro Puro, sobre na testa do Sumo Sacerdote, logo sobre seus olhos, deve ter sido a coisa mais parecida, que Moshe pode ordenar fazer, para que alguém pudesse ter a ideia, do que Ele, João, Paulo, Daniel viram, a respeito dos Olhos como laberedas de fogo.
Não vemos, mas, há um Selo sobre as nossas testas com O Nome do Nosso Deus e a Palavra: SANTO! Santos para Ele, temos Dono, pertencemos Àquele que nos comprou por bom preço!
Por fim, os pés. Não há vestimentas para os pés.
Os pés falam de Domínio!
Deus disse a Josué: "Aonde colocares a planta de vosso pé, Eu te entregarei!"
Os pés do Sumo Sacerdote eram sempre descalços, pois apontavam para o Domínio do MASHIACH sobre todas as coisas, e o domínio que O Eterno nos promete quando cumprimos seu Chamado e Envio: "como são formosos os pés daquele que sobre os Montes proclamam: O ETERNO REINA!"
Quando Yeshua voltar, com a ESPADA que sairá de sua boca, (A Palavra Viva do Deus Eterno), o homem da Iniquidade, o Anticristo, será ferido e lançado no Lago de Fogo!
Assim como O Cohem Gadol, gritava, clamava, invocava O NOME DO ETERNO, na SANTIDADE DAS SANTIDADES, Yeshua vai declarar a Verdade, A Palavra, e o mal será disperso e destruído, por ESTA ESPADA! A PALAVRA DE DEUS.
Certamente há alguém gritando agora: MARANATA!!!!! VÊM O SENHOR!
O Sacerdote, os Altares e os Sacrifícios
A Luz que seria produzida com o Azeite para a Menorah que O Eterno ordenou que fosse preparado, estava para revelar, o que para muitos é ainda um mistério: OS ALTARES DO NOSSO DEUS.
Desde o Sacrifício de Abel, aceito pelo Eterno, um padrão de Adoração foi estabelecido, que permanece até hoje: "Sem sangue, não há remissão de pecados", e em Pecado, não há acesso a Deus.
Os sacrifícios no Mishkan, apontavam para o Sacrifício Perfeito de Deus, que de uma vez por todas nos deu acesso até a Presença do Pai. Assim como Noé, Jó, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, David, sem sangue não havia acesso a Deus.
Que ninguém ouse hoje, querer acesso ao Todo Poderoso sem o Amor manifesto por Yeshua que se entregou por amor do Mundo todo, à Maldita morte de Cruz.
O Altar do Sacrifício, no Átrio do Mishkan, apontava para a Cruz, para a necessidade do sangue para que tivéssemos novamente acesso a Deus.
Porém, no Lugar Santo, havia outro Altar, como o primeiro, feito de Madeira, mas, no lugar do Bronze que fala de nossa humanidade, este outro era totalmente coberto por Ouro que fala da Glória de Deus, que o ser humano perdeu por conta do Pecado.
Pois dia e noite, noite e dia, neste Altar de Ouro, Incenso deveria ser queimado diante da Face do Deus Vivo.
Este incenso representa um segundo tipo de adoração, diferente do que foi estabelecido por Abel. Este tipo de adoração surgiu com Moisés, quando do outro lado do Mar Vermelho, ele pela primeira vez na História do ser humano, compõe uma música para Deus, canta..., as mulheres dançam e tocam instrumentos no que ficou conhecido como o Cântico de Moisés, a primeira adoração que o Nosso Deus recebeu em forma de Música.
Pois esta canção será cantada nos Céus... Um dia O Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro serão entoados diante do Pai, em louvor e exaltação à toda obra redentora manifestada através do Seu Amor Eterno.
Asafe, declarava, talvez ao observar, que lá no Mishkan até pequenos pássaros encontraram local seguro para fazer seus ninhos, que ele também achava-se confortável e seguro, por ter achado OS ALTARES DO NOSSO DEUS!
Os sacerdotes são pessoas comuns, como eu e você.
Deus sempre desejou um Reino de Sacerdotes.
Pessoas de todas as nações, povos, tribos e línguas e raças, juntos servindo ao Eterno, como Sacerdotes. Que tais pessoas pudessem ser consagrados com Sacrifícios que apontavam para a Entrega que fez por nós o Nosso Sumo Sacerdote YESHUA HAMASHIACH.
A consagração dos Sacerdotes e sua função são figuras tão simples e claras para nós, da expectativa que O Deus Vivo tem para nossas vidas... Que vestidos do Mashiach, tomando Sua Santidade sobre as nossas imperfeições, defeitos, falhas, incapacidades. Escondidos Nele, cobertos por Ele, tivéssemos ousadia para adora-lo sem a separação que havia no passado do véu que separava o Lugar Santo da Santidade das Santidades.
Que sem qualquer separação possamos queimar MUITO INCENSO... Sacrifícios de Louvor: "O Fruto dos lábios que confessam o Seu Nome". Que seja tão densa a Coluna de fumaça da Nossa Adoração produza, que verdadeiramente MUITO INCENSO possa ser queimado diante de Deus e que este incenso seja o Condutor das nossas orações diante do Pai, como está descrito em Apocalipse, e então, possamos saber que a Resposta certamente virá!
Que o Nosso Deus ordenará que o Incensário seja cheio de Brasas do Altar do Eterno e que sejam lançadas sobre esta Terra, produzindo Trovões, relâmpagos, vozes e terremotos... Quando cumprirmos o Nosso Sacerdócio, a resposta do Nosso Deus abalará Céus e Terra.
Há um lindo Salmo composto por Asafe, que fala deste encontro: O Encontro do Sacerdote com os ALTARES do Nosso Deus:
"Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!" (Salmo 84: 1 a 3)
Uma pergunta comum a qualquer um que investe o seu tempo, buscando a Deus nas palavras desta Parashah ("Porção" da Torah), é: - "O que foi que Moisés viu nos Céus, que O Eterno mostrou a ele, que o leva a ordenar que os filhos de Israel construam o Mishkan (o Santuário), naquelas dimensões, com aquelas cores, com os móveis em tais e tais características, se utilizando de tais e tais materiais?"
A resposta simples é que Deus lhe mostrou O MASHIACH!
Naquele Santuário, naquelas vestes gloriosas, naqueles móveis, naquelas cores, em tudo há uma revelação do Mashiach e do seu ministério e propósito.
Quando nos aprofundamos nas Escrituras, percebemos que não apenas Moisés contemplou este "Modelo", mas, outros que O viram, também O descrevem da mesma forma, a exemplo: as descrições de Daniel (capítulo 10) e João em Apocalipse.
Daniel diz que quem lhe falou tinha olhos como labaredas de fogo, o rosto como um relâmpago, sua voz como de uma multidão... Este não é o Arcanjo Gabriel que ele nomeia no Capítulo 11. Este nos parece ser o mesmo que Moisés viu, e do que Ele viu, ordenou que fosse feito a Coroa que estava na testa, acima dos olhos do Sumo Sacerdote.
Sabemos quem exatamente é este, pois o Apóstolo João o descreve da mesma forma e o reconhece pelo nome.
João o descreve falando de seus cabelos, brancos como a alva lã, brancos como a neve; possuindo uma voz como de muitas águas, como o ruído embaixo de uma potente cachoeira; fala que Ele se vestia com uma túnica e na altura de seu peito havia como que uma cinta de ouro; seus pés (Ele estava descalço), eram bronzeados, como o bronze que é purificado numa Fornalha... A MESMA PESSOA VISTA POR DANIEL! Porém, João reconhece que este é YESHUA, sobre quem ele se recostou em seu peito, na noite em que o Mestre foi traído.
O Apóstolo Paulo, fariseu de fariseus, judeu de judeus, talmid (aluno) de Gamaliel, um dos mais proeminentes rabinos de seus dias, tem uma experiência que marca sua vida, quando depois de ser apedrejado numa de suas viagens, foi levado até O Terceiro Céu, a Morada do Eterno e lá viu coisas que disse serem INEFÁVEIS (não é possível descrevê-las com qualquer lingua deste mundo), mas, certemente viu Aquele com quem se encontrou quando ia para Damasco, e O viu glorificado.
A certeza deste encontro é que Paulo viu o mesmo que João, Daniel e Moisés viram. Em suas cartas, o Apóstolo dos não judeus, insistentemente os chama a tomar as VESTES DO MASHIACH (de Cristo); AS ARMAS DA LUZ, e os adverte que as Armas da nossa Guerra, NÃO SÃO CARNAIS, mas, PODEROSAS EM DEUS.
Num dos textos mais conhecidos da Brit Chadashah (A Nova Aliança, Novo Testamento), Paulo, fala sobre a Armadura de Deus.
Muitos afirmam, que a figura que Paulo usava para descrever as ARMAS DE DEUS, são comparáveis as de um soldado romano, figura comum para Paulo que ficou preso em Roma até sua morte e que o teria motivado a escrever sobre O Mashiach usando este tipo de comparação.
Sempre achei estranho um Rabino da capacidade e conhecimento de Paulo, quando nos incita a tomar as Armas da Luz e a Armadura de Deus, nos levasse em comparativos com uma figura tão pobre! Um soldado Romano que fazia parte de uma das "Legiões", será que este é o tipo de coisa que Deus quer sobre nós o seu povo?
O Autor de Hebreus fala do SUMO SACERDOTE DA NOSSA FÉ (Hb. 3:1), YESHUA HAMASHIACH, Ele é o nosso exemplo, Ele é o Nosso Modelo, Ele é o Nosso Alvo, a nossa Esperança, a nossa Vida... Ele é o Sumo Sacerdote.
São então as VESTES SUMO-SACERDOTAIS DO MASHIACH que queremos sobre nós e então podemos entender que a ordem de Deus para Moisés contemplava que eles se vestissem, tomassem sobre si as Vestes do Cordeiro, apontando o Sacerdócio de todos os santos que hoje está sobre nós.
As vestes do Cohen Gadol
Os calções de Linho fino retorcido. Peças de roupas íntimas, que ninguém vê, mas, estão lá, falavam da pureza íntima, imprescindível para quem serve a Deus, para os que são chamados ao ministério, o fato desta expressão "retorcido", mostra a necessidade de uma força, um empenho pela pureza, pela santidade, na nossa INTIMIDADADE, onde ninguém mais vê, ou nos conhece, apenas Aquele que nos chamou para sermos seus Sacerdotes nesta geração.
As roupas talares. Uma Túnica, de onde ficavam de fora apenas as mãos, os pés e a cabeça, roupa também feita de Linho, que fala da Santidade que envolve toda a nossa vida, e as únicas partes que estão de fora, são justamente aquelas que apontam para o Desejo de Deus, de estabelecermos O Seu Reino nesta Terra. As mãos, que falam das nossas atitudes; os pés que exteriorizam o Domínio sobre todas as coisas e a nossa cabeça, ou rosto, onde estão (juntamente com as mãos), os 5 Sentidos que são as Portas para a nossa Alma, e também exteriorizam a nossa Vontade e o Nosso ser interior.
Sobre esta Túnica Branca, Um Manto Azul da cor do Céu, com entradas para os braços, e cabeça, e absolutamente cercado em sua orla de campainhas feitas de ouro e romãs feitas de pano.
Quando o Homem, feito à Imagem e Semelhança de Deus, foi expulso do Éden, pelo pecado, perdeu a Vida Espiritual, e passou a estar morto por seus pecados e delitos. Na entrada do Gan Eden, um Kerubim e uma Espada Flamejante, impediram o acesso, por conta do pecado.
Quando O Eterno manda que Moshe instrua a todos sobre O Mishkan, Ele ordena que sejam bordadas imagens de Kerubins na Última Porta, no que chamamos de Véu que separava O Lugar Santo da Santidade das Santidades.
O Acesso fechado pelo pecado, estava novamente aberto para que O Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), vestido com as Vestes do MASHIACH, se achegasse, servisse O Eterno ali, com adoração, entrega e santidade.
Esta Vida Espiritual que o homem perdeu por causa do pecado, nos foi dada novamente através de Yeshua que nos enviou O Seu Espírito Santo, e hoje, temos sobre nós O Espírito Santo (RUACH HAKODESH) e com ele o Fruto do Espírito (as características do Mashiach que passam a ser geradas em nós), e também os Dons do Espírito, o Poder do Altíssimo, manifestando O Mashiach em seu Corpo, a Igreja.
Aquelas campainhas de ouro, que certamente geravam um som ruidoso, quando o Sumo Sacerdote se movia na Presença do Eterno, lembra inquestionavelmente O Poder do Espírito quando está em atividade em nossos dias. Creio que todos já viram uma pessoa Cheia da Presença de Deus, orando em línguas espirituais, e profetizando, ou sendo usada para curas, ou trazendo uma palavra de conhecimento a alguém, ou interpretando linguas? É impossível passar desapercebido, quando O Espírito está se movendo... Porém, este Poder e Ruído todo, não nos garantem santidade, e o que vai nos santificar a cada dia é permitirmos que seja gerado em nossas vidas, O Caráter do Mashiach.
Pois aquelas româs, que por serem feitas de pano, não faziam ruído algum, quando se chocavam com as campainhas ou umas as outras, assim como o amor, a bondade, a benignidade, o domínio próprio, não são coisas perceptíveis logo de cara, mas, são fundamentais, para os que vão manifestar O Deus Vivo nesta geração, de verdade.
Quando O Cohen Gadol, tomava sobre si aquelas vestes, as Vestes da Luz, as Vestes Sagradas, apontava para este tempo em que eu e você recebemos Deus em nossos corações e vidas, e recebemos então sobre nós esta Vida Espiritual que o homem perdeu no Éden, mas, foi reconquistada na Cruz.
Sobre este Manto, uma Estola, como que um avental, feito com os mesmos elementos do Mishkan, todos apontando para os quatro Evangelhos, a Manifestação do Mashiach: O Carmezin, que representa o Evangelho de Marcos, pois mostra Jesus como o servo curando e libertando o ser humano do poder das trevas; O Púrpura, representando o Evangelho de Mateus que revela Jesus como o Rei dos Judeus, cumprindo todas as profecias; O Linho, Evangelho de Lucas, que mostra Jesus como homem, embora santo, nunca tendo pecado em nenhum dia de sua vida e enfim: o Estofo Azul, Evangelho de João, que fala dos Céus, do Espírito Santo e nos revela YESHUA como Deus.
Estas quatro cores alinhadas e entrelaçadas com o Fio de Ouro, HAKAVOD (A Glória de Deus) que envolvia toda a Roupa do Sumo Sacerdote.
Na altura do seu peito, feito do mesmo tecido da Estola Sacerdotal, um retângulo dobrado no meio. Esta peça chamada de "Peitoral do Juízo", possuía 12 pedras preciosas, representando as 12 Tribos de Israel, que o Sumo Sacerdote levava sobre o peito, como que protegendo o seu próprio coração. Curiosamente, ligada a esta peça, havia sobre os ombros duas pedras de ônix, que tinham incrustadas também os nomes das doze tribos de Israel.
Aparentemente o Sumo Sacerdote não poderia servir a Deus, sem levar sobre o peito e sobre os ombros os nomes de seus irmãos. Nos parece que isso fala da Intercessão! Não podemos servir a Deus, sem nos lembrar que fazemos parte de algo muito maior. E o que nos protege (fazer parte do Povo de Deus), deve ser valorizado e alvo de nosso amor, intercessão diante do Eterno para sempre!
Impossível não pensar nestas coisas e não imaginar um Pastor, que levava quando em vez uma de suas ovelhas sobre os ombros, porque as amava, e jamais as deixaria para trás... O Sumo Sacerdote da nossa Confissão, também é o Nosso Bom Pastor, Aquele que deu a Sua Vida por cada um de suas ovelhas.
Nas duas aberturas que haviam neste no Peitoral do Juízo, eram guardado o Urim e o Tumim (Luzes e Perfeições), artefatos usados para Consultar a Deus.
Hoje buscamos a Deus através do Espírito Santo, que nos traz Revelação e Direção, para que possamos andar e agir, pondo em prática a Vontade de Deus em nossas vidas.
Paulo conhecendo estas coisas, e para que possamos caminhar na Luz da Revelação de Deus e então caminharmos em Perfeição, Paulo nos escreve sobre estas coisas que eram sombras, nos mostrando agora a realidade que nos está proposta:
“9 Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual (URIM - LUZES);
10 a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; (TUMIM - PERFEIÇÕES) 11 sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria,” (Colossenses 1:9-11)
E ainda:
E ainda:
“ Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos (TUMIM - PERFEIÇÕES) e plenamente convictos em toda a vontade de Deus. (URIM - LUZES)” (Colossenses 4:12)
Por fim, sobre a Cabeça do Cohen Gadol, uma Mitra, um Turbante feito de Linho, INQUESTIONAVELMENTE, lembrando os Cabelos brancos, como a alva lã, como a neve, descritos por João, e uma Coroa, onde a JÓIA DA COROA, é O NOME DO PRÓPRIO DEUS, e a Palavra KODESH.
KODESH LADONAI - SANTO AO SENHOR, SANTIFICADO, SEPARADO, CONSAGRADO AO ETERNO...
Esta Coroa, feita de Ouro Puro, sobre na testa do Sumo Sacerdote, logo sobre seus olhos, deve ter sido a coisa mais parecida, que Moshe pode ordenar fazer, para que alguém pudesse ter a ideia, do que Ele, João, Paulo, Daniel viram, a respeito dos Olhos como laberedas de fogo.
Não vemos, mas, há um Selo sobre as nossas testas com O Nome do Nosso Deus e a Palavra: SANTO! Santos para Ele, temos Dono, pertencemos Àquele que nos comprou por bom preço!
Por fim, os pés. Não há vestimentas para os pés.
Os pés falam de Domínio!
Deus disse a Josué: "Aonde colocares a planta de vosso pé, Eu te entregarei!"
Os pés do Sumo Sacerdote eram sempre descalços, pois apontavam para o Domínio do MASHIACH sobre todas as coisas, e o domínio que O Eterno nos promete quando cumprimos seu Chamado e Envio: "como são formosos os pés daquele que sobre os Montes proclamam: O ETERNO REINA!"
Quando Yeshua voltar, com a ESPADA que sairá de sua boca, (A Palavra Viva do Deus Eterno), o homem da Iniquidade, o Anticristo, será ferido e lançado no Lago de Fogo!
Assim como O Cohem Gadol, gritava, clamava, invocava O NOME DO ETERNO, na SANTIDADE DAS SANTIDADES, Yeshua vai declarar a Verdade, A Palavra, e o mal será disperso e destruído, por ESTA ESPADA! A PALAVRA DE DEUS.
Certamente há alguém gritando agora: MARANATA!!!!! VÊM O SENHOR!
O Sacerdote, os Altares e os Sacrifícios
A Luz que seria produzida com o Azeite para a Menorah que O Eterno ordenou que fosse preparado, estava para revelar, o que para muitos é ainda um mistério: OS ALTARES DO NOSSO DEUS.
Desde o Sacrifício de Abel, aceito pelo Eterno, um padrão de Adoração foi estabelecido, que permanece até hoje: "Sem sangue, não há remissão de pecados", e em Pecado, não há acesso a Deus.
Os sacrifícios no Mishkan, apontavam para o Sacrifício Perfeito de Deus, que de uma vez por todas nos deu acesso até a Presença do Pai. Assim como Noé, Jó, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, David, sem sangue não havia acesso a Deus.
Que ninguém ouse hoje, querer acesso ao Todo Poderoso sem o Amor manifesto por Yeshua que se entregou por amor do Mundo todo, à Maldita morte de Cruz.
O Altar do Sacrifício, no Átrio do Mishkan, apontava para a Cruz, para a necessidade do sangue para que tivéssemos novamente acesso a Deus.
Porém, no Lugar Santo, havia outro Altar, como o primeiro, feito de Madeira, mas, no lugar do Bronze que fala de nossa humanidade, este outro era totalmente coberto por Ouro que fala da Glória de Deus, que o ser humano perdeu por conta do Pecado.
Pois dia e noite, noite e dia, neste Altar de Ouro, Incenso deveria ser queimado diante da Face do Deus Vivo.
Este incenso representa um segundo tipo de adoração, diferente do que foi estabelecido por Abel. Este tipo de adoração surgiu com Moisés, quando do outro lado do Mar Vermelho, ele pela primeira vez na História do ser humano, compõe uma música para Deus, canta..., as mulheres dançam e tocam instrumentos no que ficou conhecido como o Cântico de Moisés, a primeira adoração que o Nosso Deus recebeu em forma de Música.
Pois esta canção será cantada nos Céus... Um dia O Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro serão entoados diante do Pai, em louvor e exaltação à toda obra redentora manifestada através do Seu Amor Eterno.
Asafe, declarava, talvez ao observar, que lá no Mishkan até pequenos pássaros encontraram local seguro para fazer seus ninhos, que ele também achava-se confortável e seguro, por ter achado OS ALTARES DO NOSSO DEUS!
Os sacerdotes são pessoas comuns, como eu e você.
Deus sempre desejou um Reino de Sacerdotes.
Pessoas de todas as nações, povos, tribos e línguas e raças, juntos servindo ao Eterno, como Sacerdotes. Que tais pessoas pudessem ser consagrados com Sacrifícios que apontavam para a Entrega que fez por nós o Nosso Sumo Sacerdote YESHUA HAMASHIACH.
A consagração dos Sacerdotes e sua função são figuras tão simples e claras para nós, da expectativa que O Deus Vivo tem para nossas vidas... Que vestidos do Mashiach, tomando Sua Santidade sobre as nossas imperfeições, defeitos, falhas, incapacidades. Escondidos Nele, cobertos por Ele, tivéssemos ousadia para adora-lo sem a separação que havia no passado do véu que separava o Lugar Santo da Santidade das Santidades.
Que sem qualquer separação possamos queimar MUITO INCENSO... Sacrifícios de Louvor: "O Fruto dos lábios que confessam o Seu Nome". Que seja tão densa a Coluna de fumaça da Nossa Adoração produza, que verdadeiramente MUITO INCENSO possa ser queimado diante de Deus e que este incenso seja o Condutor das nossas orações diante do Pai, como está descrito em Apocalipse, e então, possamos saber que a Resposta certamente virá!
Que o Nosso Deus ordenará que o Incensário seja cheio de Brasas do Altar do Eterno e que sejam lançadas sobre esta Terra, produzindo Trovões, relâmpagos, vozes e terremotos... Quando cumprirmos o Nosso Sacerdócio, a resposta do Nosso Deus abalará Céus e Terra.
MARANATA! VEM O SENHOR!!!!
KI MITZION TETZSEH TORAH
U´DEVAR ADONAI MIYERUSHALAIM!
(Porque de Sião sairá a Lei e a Palavra do Eterno de Jerusalém!)
Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem